terça-feira, 5 de maio de 2009

...Vou vivendo, o pouco que ainda restou, desse amor...

As vezes bate uma deprê que a gente não sabe como nem quando vem.
A gente sente saudades de viver um pouco mais, de sorrir um pouco mais, de amar um pouco mais, de sonhar um pouco mais.

Sente saudades de cantar, de gritar, de pular feito criança quando chega na beira do mar.


A gente cresce e começa a sentir vergonha de coisas tão puras e infantis.


O mundo segue um rumo, a gente segue outro. Os rumos se desencontram, mas a gente se encontra.


E o que fazer com os problemas? Esquecer? Impossível.

Mais fácil é pegar os mais importantes (lê-se os mais cabeludos) e tentar resolver da maneira mais simples. Com sinceridade.

Os outros? Deixe em um cantinho reservado e veja o que faz mais tarde.


O segredo é não entrar em desespero.

"...Já não faz sentido, já não me lembro, se há caminhos, sem desespero..." (J. Corrêa)


É Corrêa. Sinto em lhe informar, mas eu acho que há caminhos sim!

E para isso, colo abaixo a mais bela canção da nossa Música Popular Brasileira.

Uma composição de Belchior, consagrada na voz da bela e mágica Elis Regina.


" Como Nossos Pais
Elis Regina
Composição: Belchior

Não quero lhe falar, Meu grande amor,

De coisas que aprendi Nos discos...


Quero lhe contar como eu vivi

E tudo o que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar

Eu sei que o amor

É uma coisa boa

Mas também sei

Que qualquer canto

É menor do que a vida

De qualquer pessoa...


Por isso cuidado meu bem

Há perigo na esquina

Eles venceram e o sinal

Está fechado prá nós

Que somos jovens...


Para abraçar seu irmão

E beijar sua menina na rua

É que se fez o seu braço,

O seu lábio e a sua voz...


Você me pergunta

Pela minha paixão

Digo que estou encantada

Como uma nova invenção

Eu vou ficar nesta cidade

Não vou voltar pro sertão

Pois vejo vir vindo no vento

Cheiro de nova estação

Eu sinto tudo na ferida viva

Do meu coração...


Já faz tempo

Eu vi você na rua

Cabelo ao vento

Gente jovem reunida

Na parede da memória

Essa lembrança

É o quadro que dói mais...


Minha dor é perceber

Que apesar de termos

Feito tudo o que fizemos

Ainda somos os mesmos

E vivemos

Ainda somos os mesmos

E vivemos

Como os nossos pais...


Nossos ídolos

Ainda são os mesmos

E as aparências

Não enganam não

Você diz que depois deles

Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer

Que eu tô por fora

Ou então

Que eu tô inventando...


Mas é você

Que ama o passado

E que não vê

É você

Que ama o passado

E que não vê

Que o novo sempre vem...

Hoje eu seiQue quem me deu a idéia

De uma nova consciência

E juventude

Tá em casa

Guardado por Deus

Contando vil metal..."